sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Conferência de Imprensa II

PS critica “megalomanias” de Moita Flores. ("O Ribatejo" 26/01/2010)


O PS critica a “ausência de rumo para Santarém que a gestão do PSD/ Dr. Moita Flores tem evidenciado, sendo a anulação do loteamento e do Plano de Pormenor do Campo Infante da Câmara é o último exemplo”.Pedro Braz, presidente da Concelhia do PS de Santarém, recorda que no último mandato do PS na Câmara Municipal, foi desenvolvido um processo negocial com todas as forças políticas com assento no executivo municipal, que resultou no Plano de Pormenor e no loteamento já referido, bem como no concurso para a primeira fase das obras no Campo da Feira. Existiu uma maqueta do projecto vencedor, que todos puderam apreciar.
“Independentemente das diferenças de opinião entre as várias forças políticas, todos concordaram que aquele espaço deveria ser, por motivos de natureza espacial e sentimental, a sala de visitas da cidade de Santarém”, recordou Pedro Braz em conferência de imprensa. Como tal, sublinha que se “privilegiou no projecto aprovado o espaço público com equipamentos âncora, em detrimento da construção para habitação, pura e dura”.
Para o PS, no loteamento municipal “privilegiou-se o desfruto de um espaço de lazer que potenciava a qualidade de vida, num local onde radica muita da identidade afectiva de Santarém. Foi um processo participado, em detrimento de um comportamento autocrático que mais uma vez é demonstrado pelo PSD e pelo Dr. Moita Flores, ao anularem, sem mais, o loteamento do Campo da Feira”.O líder do PS lembra a célebre promessa de Moita Flores pagar a dívida em 100 dias e do não menos célebre leaseback. “Para isso, o PSD e o Dr. Moita Flores queriam alienar património à força toda, para pagar dívida, depois, pasme-se, acabam o mandato e iniciam um outro a querer comprar tudo o que mexe: A EPC, o antigo convento das Donas, o Presídio, a Atalaia, a celebérrima Casa dos Sabores, a GNR, etc. A comprar, salvo seja, porque ainda não compraram nada. Se não há tostões para pagar a fornecedores, como é que há milhões para pagar megalomanias? Ninguém compreende. Os despropositados recursos aplicados na obra do Passeio da Liberdade, seriam óbvios para o Campo da Feira”.
O PS questiona os objectivos de Moita Flores: “compra a EPC e pretende fazer construção, compra o convento das Donas e pretende fazer construção – prevista nos termos de referência do Plano de Pormenor – e agora anula um loteamento aprovado pelo executivo camarário, porque entende que o volume de construção previsto não é suficiente. Que tamanha falta de imaginação em prol do betão! Isto é, não temos uma estratégia integrada para a cidade, mas antes a perspectiva da especulação imobiliária, por mais que o PSD e o seu líder na Câmara Municipal digam o contrário”.“Claro que entendemos as razões do convite a essa especulação. Na realidade, perante uma autarquia totalmente rota e mirrada de recursos financeiros, o PSD e o Dr. Moita Flores querem fazer receitas com os licenciamentos, à custa de uma ideia de cidade desenvolvida, sustentável e bonita. No fundo, à custa de Santarém”, considera o PS.
“Temos uma cidade espartilhada numa infeliz manta de retalhos, como resultado dos impulsos cíclicos e desregrados que emanam da vontade autocrática do presidente da Câmara Municipal, aclamado veementemente pelo PSD”, critica Pedro Braz. O PS apela à discussão pública e participada do destino a dar ao Campo da Feira. Apela, pois, à “participação democrática e cívica, não só no que ao Campo da Feira diz respeito, mas também à ideia e ao desenho que se tenha para Santarém, lançando também daqui um apelo à população e às sua forças vivas, para que se mantenham atentas e alerta para as decisões que possam emanar do executivo municipal”. Para os socialistas, “se não se arrepiar caminho, a uma maioria absolutamente esmagadora, poderá seguir-se uma cidade absolutamente derrotada”.

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