quinta-feira, 3 de março de 2011

Uma Reflexão...

Caros camaradas,
Quero com estas palavras apenas expressar a minha opinião, como militante socialista e cidadão interessado e preocupado. Os resultados das eleições presidenciais no passado mês de Janeiro, deverão servir de assunto para reflexão não só do Partido Socialista, mas de todos os outros partidos políticos do nosso país.
Este sufrágio sendo de enorme importância, dado que elege a figura de Estado de maior relevo na cadeia hierárquica nacional, teve uma elevada percentagem de abstenção. Isto é preocupante, pois reflecte o desinteresse e a descrença dos portugueses no sistema político vigente e nos seus intervenientes. Temos de repensar a forma de como actuar na sociedade e na vida pública, de como transmitir da melhor maneira a nossa mensagem ideológica, os nossos projectos, os nossos programas.
As campanhas eleitorais são antecedidas com uma intensa actividade pré-organizativa que vai trazendo os temas mais polémicos para a comunicação social, calculando posteriormente os seus efeitos com os barómetros fornecidos pelas empresas de sondagens. Hoje em dia, parece que interessa dizer que os outros adversários são piores que nós, porque falharam neste ou naquele aspecto, em vez de salientarmos que nós somos melhores porque apresentamos propostas mais realistas, adequadas e funcionais que irão trazer uma melhoria para a sociedade.
É importante estabelecer com os cidadãos uma comunicação transparente, positiva e aliciante em vez de remexer em assuntos paralelos, pessoais e obscuros que quase sempre acabam por gerar outros por parte dos adversários, numa cadeia negativa que arrasta o dialogo democrático e participativo para uma mera discussão sem objectivo.
Deste modo as pessoas afastam-se da política, mesmo em tempo de crise, sendo o voto uma das armas disponível ao cidadão-eleitor, uma grande percentagem dos portugueses abdica deste direito porque não vê alternativa nos símbolos ou nos nomes que estão impressos nos boletins de voto.
Por outro lado, a política na sua essência mais pura, deveria ser livre de interesses e clientelismos, e os políticos, de certo modo com algum altruísmo, deverão colocar-se ao serviço público, dando o melhor de si para o bem comum. Porém esta ideia, talvez um pouco exagerada para os dias que correm, está muito longe da realidade, muitos são os casos ao longo destes 36 anos de democracia que as pessoas que estão em cargos públicos “se servem” em vez de servir e isto afasta quem é honesto e simples da política e aproxima aqueles que sem escrúpulos também querem um pedaço.
Sinceramente, espero que as coisas mudem. Como optimista que sou, tenho esperança que Portugal consiga superar mais um momento de crise na sua história e demonstre com espírito de combate e sacrifício e que o Partido Socialista seja uma dessa forças catalisadoras positivas. Não posso com a derrota anunciada, acho que os portugueses embrandeceram com os subsídios da União Europeia e agora que a torneira está a fechar-se temos TODOS de acordar deste estado de letargia e arregaçar as mangas para trabalhar e melhorar cada vez mais este país que se encontra na periferia de uma Europa cada vez mais centralizada.
(Militante da Secção do Vale de Santarém)

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Manuel Alegre em Santarém, 10JAN2011


VISITA DE MANUEL ALEGRE AO DISTRITO DE SANTARÉM EM 10 DE JANEIRO DE 2011

Programa:
13.30h - Almoço no restaurante Adiafa, no Campo da Feira;

15.15h – Percurso a pé até ao monumento a Salgueiro Maia;

15.30h – Homenagem a Salgueiro Maia: Intervenção do Candidato e deposição de coroa de flores;
15.45h – Percurso a pé à sede de campanha, no Largo do Seminário, com passagem pelo W Shopping, Rua Guilherme de Azevedo e Rua Serpa Pinto;

16.00h – Inauguração simbólica da sede de campanha;

16.30h – Partida para a Estação da CP, na Ribeira de Santarém;

16.56h – Partida de comboio para o Entroncamento;

17.20h – Chegada à Estação da CP no Entroncamento, seguida de contacto com a população, fazendo percurso a pé da Estação até ao largo da Câmara Municipal;

18.30h – Partida para o Distrito de Leiria.

domingo, 14 de novembro de 2010

Plenário de Militantes da Federação de Santarém

No passado dia 12 de Novembro de 2010, realizou-se um plenário de militantes da Federação Distrital do Partido Socialista de Santarém, onde estiveram presentes na mesa deste evento, o Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, José Conde Rodrigues e da Governadora Civil de Santarém, Sónia Sanfona em representação do Presidente da Federação Distrital Paulo Fonseca.
A adesão dos militantes a este plenário foi positiva, preenchendo a quase totalidade da sala de reuniões da Sede do Partido Socialista da capital do Ribatejo.
Após uma longa e elucidativa intervenção do Secretário de Estado que abordou os temas actuais, nomeadamente as negociações para a aprovação do Orçamento de Estado, as dificuldades que o governo enfrenta perante esta crise financeira, as barreiras que tem de transpor para negociar com os outros partidos, dado a maioria relativa que tem no parlamento, e todo um conjunto de diferenças entre o mandato anterior e o actual, desde o panorama internacional, à própria constituição do Governo, fez desta intervenção uma oportunidade para os militantes que assistiram a este plenário ficassem esclarecidos em algumas matérias e, ao mesmo tempo exporem as suas dúvidas.
Várias foram as intervenções dos militantes que expressaram as suas opiniões e pediram esclarecimentos, perante as medidas que têm sido tomadas e anunciadas para o futuro que, muitas vezes, dificultam a nossa argumentação em debates formais e informais que ocorrem nas nossas vidas, em que temos de defender as medidas adoptadas pelo Governo e a ideologia do nosso partido, coisas essas que parecem antagónicas. No entanto, conhecendo melhor as causas que levaram a esta acção, a urgência nacional e as opções políticas no actual contexto, o PEC III, apesar dos defeitos que se lhe podem incutir, parece ser de facto o que mais se adequa neste momento a Portugal, na esperança de que as coisas melhorem ao longo de 2011, nomeadamente que as pressões especulativas dos mercados aliviem em relação ao nosso país.
A coesão da Europa é fundamental para responder a esta crise, que ameaça desagregar algo que foi construído assente na Paz e na Prosperidade dos povos que constituem a União Europeia. O objectivo simples e básico da estabilidade democrática do "velho continente" não pode ser desvirtuado perante a ganância de um punhado de especuladores, de agências de rating que prejudicam determinados países e enviam para o desemprego milhões de pessoas. Urge uma nova política de financiamento, de controlo dos mercados, de medidas de protecção aos países e às pessoas, que minimizem os efeitos deste tipo crises e façam da UE uma potência no mercado e nas relações internacionais.

domingo, 24 de outubro de 2010

XIV Congresso da Federação Distrital de Santarém

Realizou-se no Sábado, dia 23 de Outubro de 2010 em Benavente, o XIV Congresso da Federação Distrital de Santarém do Partido Socialista.
Este Congresso ficou marcado pela elevada adesão de participantes, pelas intervenções de excelente nível e espírito critico, mas construtivo deva-se salientar, e pela apresentação de vinte e cinco moções sectoriais, mostrando deste modo, o interesse e a força que os militantes socialistas ribatejanos sentem neste momento complicado do panorama nacional.
Como este evento iniciou-se mais tarde do que o previsto, as moções sectoriais ficaram por discutir e aprovar no Fórum Carlos Cunha que deverá realizar-se dentro de um mês. Desta forma, apenas foi apresentada, votada e aprovada por unanimidade a moção estratégica do recém empossado Presidente da Federação Paulo Fonseca, ao qual desejamos as melhores felicidades na concretização dos objectivos propostos.
De parabéns está também a organização de toda a logística envolvente neste evento, que contribuiu de uma maneira muito importante para que tudo corresse conforme desejado.


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Manuel Alegre é uma pessoa "de causas e com uma capacidade de palavra muito significativa, necessária hoje para unir os portugueses e dar-lhes um sentido de futuro", afirmou hoje Jorge Sampaio, ex-Presidente da República, antes de um almoço em Almada com o candidato à Presidência da República, Manuel Alegre. Sampaio sublinhou ainda que pertence à mesma família política e à mesma geração de Manuel Alegre, que considera ter "as qualidades pessoais, intelectuais e políticas para ser Presidente da República".
Sobre o actual momento político, o ex-Presidente manifestou a sua grande preocupação, lembrando que "há muitos portugueses em grandes dificuldades" e lançou o alerta: "Aquilo que se diz dentro do nosso país tem uma repercussão internacional que nós não conseguimos controlar". Sampaio considerou que o país político está a sofrer de uma "atracção pelo abismo" e defendeu que "o país precisa de pessoas que nos soergam".
Jorge Sampaio defendeu ainda que a redução do limite temporal entre o momento em que a Assembleia da República é dissolvida e são realizadas novas eleições faz sentido, para "permitir ao Presidente uma outra rapidez e maleabilidade", necessárias "sobretudo nos tempos de hoje, com as dificuldades que sentimos", rejeitando, contudo, a ideia da necessidade de uma revisão constitucional para o efeito. Para o ex-Chefe de Estado, essa alteração pode ser feita pelo legislador comum.
Quanto à eventual necessidade de alterar os poderes do Presidente, Jorge Sampaio considerou que não se pode "passar a vida a discutir os poderes Presidenciais". A Constituição, disse, "está em vigor desde 1976, e os Presidentes têm, nos últimos 35 anos, estado dentro desse acervo Presidencial Constitucional". O problema agora, acrescentou, "depende da interpretação que cada um fizer desse acervo, que é vasto": "É a prática corrente que vai definindo, preenchendo esses conceitos amplos. Acho que na discussão sobre os poderes presidenciais - e eles são conhecidos - o que é preciso é ver bem o que é que cada um dos candidatos ou dos Presidentes fará com eles", afirmou.